quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Proposta
Dispoto espero eu que de onde estás se levante!
Foi-me eterno o tempo em que estiveras distante.
Triste é tua ausência! - E por tal dor te convido:
Anda. Adianta. Ficar já não faz sentido.
Não importa por quanto estarás ao meu lado
(Se ao Hoje ou se ao Sempre) - Sei que a ti fui fadado.
Este é o nosso destino. Fugir? - Não mais tente
Deita. Descansa. E adormece em meus braços quentes.
Esquece os receios. Ansioso eu te aguardo.
- Pode em ti o medo ser força ou lívido fardo -
O meu eu-infinito é o que - em paz! - te ofereço;
Mesmo que tudo ainda seja ignoto e obscuro
Eu, de certo, outra vez bem tranquilo asseguro:
Volta! - E será um leve e cálido recomeço.
Refael Casal
30 de Setembro de 2009
Foi-me eterno o tempo em que estiveras distante.
Triste é tua ausência! - E por tal dor te convido:
Anda. Adianta. Ficar já não faz sentido.
Não importa por quanto estarás ao meu lado
(Se ao Hoje ou se ao Sempre) - Sei que a ti fui fadado.
Este é o nosso destino. Fugir? - Não mais tente
Deita. Descansa. E adormece em meus braços quentes.
Esquece os receios. Ansioso eu te aguardo.
- Pode em ti o medo ser força ou lívido fardo -
O meu eu-infinito é o que - em paz! - te ofereço;
Mesmo que tudo ainda seja ignoto e obscuro
Eu, de certo, outra vez bem tranquilo asseguro:
Volta! - E será um leve e cálido recomeço.
Refael Casal
30 de Setembro de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Algo Sobre o Que Descobri Há Pouco
Foi-se o Tempo! ̶ E, com ele, o amor nosso hediondo!
Com cuidado, entre os versos, verdade hoje escondo:
O sorriso (do qual, com o vazio em mim cismo)
Perdi para o meu tão venéfico egoísmo.
Foi-se o Tempo! ̶ E, agora, hígidos eu nos vejo!
Quanto ao tudo? ̶ Ora, eu sei, foi inefável desejo.
Mas sequer tive o tino que amar me exigia...
̶Condenado assim fui a inócua nostalgia ̶
Foi-se o Tempo! ̶ E, enfim, a inventar nada existe!
Nem morte, nem vida: só a ultriz saudade triste
É o que tenho! E as lembranças, sim, são todas minhas.
Já não guardo ima dor! ̶ Ela, eu sei: Tu condenas!
E aos olhos silentes resta ̶ incólume ̶ apenas
A certeza que a mim destes tudo que tinhas.
Rafael Casal
28 de Julho de 2009
Com cuidado, entre os versos, verdade hoje escondo:
O sorriso (do qual, com o vazio em mim cismo)
Perdi para o meu tão venéfico egoísmo.
Foi-se o Tempo! ̶ E, agora, hígidos eu nos vejo!
Quanto ao tudo? ̶ Ora, eu sei, foi inefável desejo.
Mas sequer tive o tino que amar me exigia...
̶Condenado assim fui a inócua nostalgia ̶
Foi-se o Tempo! ̶ E, enfim, a inventar nada existe!
Nem morte, nem vida: só a ultriz saudade triste
É o que tenho! E as lembranças, sim, são todas minhas.
Já não guardo ima dor! ̶ Ela, eu sei: Tu condenas!
E aos olhos silentes resta ̶ incólume ̶ apenas
A certeza que a mim destes tudo que tinhas.
Rafael Casal
28 de Julho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Álibi
Fim de jogo! – E, agora, posso apenas te impor
Da pólvora a textura e do sangue o sabor.
Sufoque o choro que à morte fada a cabeça!
Quanto ao beijo não dado? – Arrependa-se e esqueça.
Dolosa é a sentença! − (Bem mais do que eu supunha!)
Sim! Creia: de sonhos já não sou testemunha.
Trago, pois, das verdades que –em mim!– sempre mato
Na roupa o resquício de edaz assassinato.
Se te é ilícito o crime: armas suas recolha!
− Felicidade é também questão de ima escolha –
Eu confesso: Acabou! – Quero a dor que degrade.
Não tenho culpa! − E tal prova é o que me compraz
Pois quando – incauto – perdeste, em ti mesmo, a paz
Longe eu estava, em busca da tranquilidade.
Rafael Casal
03 de Julho de 2009
Da pólvora a textura e do sangue o sabor.
Sufoque o choro que à morte fada a cabeça!
Quanto ao beijo não dado? – Arrependa-se e esqueça.
Dolosa é a sentença! − (Bem mais do que eu supunha!)
Sim! Creia: de sonhos já não sou testemunha.
Trago, pois, das verdades que –em mim!– sempre mato
Na roupa o resquício de edaz assassinato.
Se te é ilícito o crime: armas suas recolha!
− Felicidade é também questão de ima escolha –
Eu confesso: Acabou! – Quero a dor que degrade.
Não tenho culpa! − E tal prova é o que me compraz
Pois quando – incauto – perdeste, em ti mesmo, a paz
Longe eu estava, em busca da tranquilidade.
Rafael Casal
03 de Julho de 2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Poeminha Insosso
Abra os olhos, contemple: É o meu céu também teu,
Por que esperas tempestade? – O Sol já nasceu!
Vem comigo, entre as luzes que abnóxias me são,
Caminhar sobre fofas nuvens de algodão!
Traspasse o arco-íris! – Logo estou no horizonte
Impérvio é o destino? – Siga, não se amedronte:
À tua pele eu serei, quando, enfim, possuí-la
Nem ventou ou marasmo: Apenas brisa tranquila!
Capcioso é o descanso? – Ora, não me intimido
– Bem mais válida é a paz de uma amor comedido –
Que um bálsamo suave nos seja a distância!
Por quê gosto não sei, porém sei que é sincero!
Muitas são as razões! – Mas quem disse que as quero?
Basta-me, somente, a leveza da ignorância.
Rafael Casal
07 de Maio de2009
Por que esperas tempestade? – O Sol já nasceu!
Vem comigo, entre as luzes que abnóxias me são,
Caminhar sobre fofas nuvens de algodão!
Traspasse o arco-íris! – Logo estou no horizonte
Impérvio é o destino? – Siga, não se amedronte:
À tua pele eu serei, quando, enfim, possuí-la
Nem ventou ou marasmo: Apenas brisa tranquila!
Capcioso é o descanso? – Ora, não me intimido
– Bem mais válida é a paz de uma amor comedido –
Que um bálsamo suave nos seja a distância!
Por quê gosto não sei, porém sei que é sincero!
Muitas são as razões! – Mas quem disse que as quero?
Basta-me, somente, a leveza da ignorância.
Rafael Casal
07 de Maio de2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Carta
Olá! Dos meus lábios, trago, a ti, imo enlevo:
São teus estes versos lautos que agora escrevo!
Caso falte a palavra, inventá-la não tente:
− Desfrute do olhar! – Sentir é suficiente.
Não temas o amor! – Entregue-se e apenas viva!
− O erro é o indício unívoco da tentativa. –
Permita-me, estrênuo (face à dor que abomina!),
Cada dia – por vez! – invadir-te a rotina.
Busco a essência do riso escondida em teu peito!
Se comigo estarás logo, enfim, pronto aceito
Reter-me à leveza de um sentimento probo;
Não consegues voar? – Vem, por nós, bem o faço!
Aquieta-te, pois, bem tranquilo em meus braços
E descanse, em silêncio, meu menino Bobo...
Rafael Casal
01 de Maio de 2009
São teus estes versos lautos que agora escrevo!
Caso falte a palavra, inventá-la não tente:
− Desfrute do olhar! – Sentir é suficiente.
Não temas o amor! – Entregue-se e apenas viva!
− O erro é o indício unívoco da tentativa. –
Permita-me, estrênuo (face à dor que abomina!),
Cada dia – por vez! – invadir-te a rotina.
Busco a essência do riso escondida em teu peito!
Se comigo estarás logo, enfim, pronto aceito
Reter-me à leveza de um sentimento probo;
Não consegues voar? – Vem, por nós, bem o faço!
Aquieta-te, pois, bem tranquilo em meus braços
E descanse, em silêncio, meu menino Bobo...
Rafael Casal
01 de Maio de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Regresso
Bem perto, outra vez, sinto a vertigem restrita,
Sim! Corro ao encontro de teu lânguido olhar!
Ante às sendas - de outrora - descubro que habita
Em sonhos alados a coragem de amar.
Contemplo o silêncio do vazio instigante
- Voar rumo ao nada? - Creia em mim: Eu consigo! -
Invadir-me o afã de emoção já garante
O espástico almejo de entregar-se ao perigo.
Recuar por quê? - Sei que esta escolha é só minha
- Quando presa às razões a verdade definha! -
Crio asas e, enfim, do temor me liberto;
Tua ubíqua presença do ar não se arreda!
Pouco importa o escuro! - Quero o vento da queda
E lançar-me aos abismos de braços abertos...
Rafael Casal
26 de Abril de 2009
Sim! Corro ao encontro de teu lânguido olhar!
Ante às sendas - de outrora - descubro que habita
Em sonhos alados a coragem de amar.
Contemplo o silêncio do vazio instigante
- Voar rumo ao nada? - Creia em mim: Eu consigo! -
Invadir-me o afã de emoção já garante
O espástico almejo de entregar-se ao perigo.
Recuar por quê? - Sei que esta escolha é só minha
- Quando presa às razões a verdade definha! -
Crio asas e, enfim, do temor me liberto;
Tua ubíqua presença do ar não se arreda!
Pouco importa o escuro! - Quero o vento da queda
E lançar-me aos abismos de braços abertos...
Rafael Casal
26 de Abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
Lapso de Verborragia
Acabou! - E sem ti, hoje, equânime vivo!
- Emérita escolha: Fim do sonho evasivo -
Só agora que entendo os sofismas do amar
Todo é nosso sentimento inócuo pesar.
Acabou! - Sorte edaz que eu já não mais questiono!
- Deleitemo-nos, pois, com a paz do abandono -
Foi a nós conferido - e sob ele eu descanso -
Um fardo de saudade que é suave e manso...
Acabou! - Logo, assim, cessa a angúsitia nefasta!
Explicar para quê? - O silêncio nos basta,
Os sentidos reter: Condição que elimino;
Acabou! - Como fora por tudo predito!
E, enfim, tenho em nosso deletério infinito
Somente a certeza de que existe o destino.
Rafael Casal
04 de Abril de 2009
- Emérita escolha: Fim do sonho evasivo -
Só agora que entendo os sofismas do amar
Todo é nosso sentimento inócuo pesar.
Acabou! - Sorte edaz que eu já não mais questiono!
- Deleitemo-nos, pois, com a paz do abandono -
Foi a nós conferido - e sob ele eu descanso -
Um fardo de saudade que é suave e manso...
Acabou! - Logo, assim, cessa a angúsitia nefasta!
Explicar para quê? - O silêncio nos basta,
Os sentidos reter: Condição que elimino;
Acabou! - Como fora por tudo predito!
E, enfim, tenho em nosso deletério infinito
Somente a certeza de que existe o destino.
Rafael Casal
04 de Abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
Disfarce
Para o palco ignoto e personagens disjuntas
Sardônicos sorrisos precípuos me são.
A platéia - de epítome em mãos - nos pergunta:
O que fizeram de vossa ubíqua paixão?
Crie a máscara que esconde a pele ilibada
- A um martírio altruísta a saudade nos fada -
E apesar de temer que o talento me custe
Necessito ostentar nosso sórdido embuste.
Mantenha-se alerta: bem fingir é uma arte
- A palavra retenha. O sentido? Descarte -
Merda para nós! Que o nosso ensaio convença!
Esgarçar-se-á o silêncio! - É assim que termina -
Nosso enfim será, pois, entre aplauso e cortinas
Apenas o brilho negro da indiferença...
Rafael casal
31 de Março de 2009
Sardônicos sorrisos precípuos me são.
A platéia - de epítome em mãos - nos pergunta:
O que fizeram de vossa ubíqua paixão?
Crie a máscara que esconde a pele ilibada
- A um martírio altruísta a saudade nos fada -
E apesar de temer que o talento me custe
Necessito ostentar nosso sórdido embuste.
Mantenha-se alerta: bem fingir é uma arte
- A palavra retenha. O sentido? Descarte -
Merda para nós! Que o nosso ensaio convença!
Esgarçar-se-á o silêncio! - É assim que termina -
Nosso enfim será, pois, entre aplauso e cortinas
Apenas o brilho negro da indiferença...
Rafael casal
31 de Março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Onde estão as canetas?
O silêncio dos punhos minh'alma traspassa
Faltar-me a palavra? - Que isto o amor não permita!
Quando a tinta me é decrépita e escassa
Necessário se torna o meu sangue à escrita.
Onde estão as canetas? - De urgência as procuro!
- Busco a essência dos traços luzidios do escuro -
Aos tácitos símbolos contraste acrescento
E o pálido papel? - Permanece alvacento.
Da inspiração A ausência não é o que me afeta:
Fátua história não ter? - Maior dor de um poeta
- Vivo, enfim, o vazio de que outrora eu fugia!
Brandíloquo nada é o meu futuro aziago
E ao ubíquo destino nas mãos sempre trago
Folhas em branco manchadas de nostalgia.
Rafael Casal
27 de Fevereiro de 2009
Faltar-me a palavra? - Que isto o amor não permita!
Quando a tinta me é decrépita e escassa
Necessário se torna o meu sangue à escrita.
Onde estão as canetas? - De urgência as procuro!
- Busco a essência dos traços luzidios do escuro -
Aos tácitos símbolos contraste acrescento
E o pálido papel? - Permanece alvacento.
Da inspiração A ausência não é o que me afeta:
Fátua história não ter? - Maior dor de um poeta
- Vivo, enfim, o vazio de que outrora eu fugia!
Brandíloquo nada é o meu futuro aziago
E ao ubíquo destino nas mãos sempre trago
Folhas em branco manchadas de nostalgia.
Rafael Casal
27 de Fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Caixa de Música
Dança ao som da saudade! Oh, meiga Bailarina
- Transitória frequência é o que os teus pés domina -
Protege em segredo a minha voz inaudita,
Quanto as jóias silentes? - Apenas reflita.
Dança sempre o meu canto! - Afônico eu te imploro
Sente, à pele, o sinal: Ele não é sonoro!
Como a ti são os gritos que a paz escondia
Pode ser o silêncio também melodia.
Viva os timbres suaves que a dor arrebata,
No ritmo hipnótico desta muda sonata
Permanece - em surdina - guardada e esperança!
Áfona sinfonia ao teu corpo eu orquestro
Siga o tom da canção! - Ele é o nosso maestro
E se adverso é o fim: Aquieta-te e dança...
Rafael Casal
17 de Fevereiro de 2009
- Transitória frequência é o que os teus pés domina -
Protege em segredo a minha voz inaudita,
Quanto as jóias silentes? - Apenas reflita.
Dança sempre o meu canto! - Afônico eu te imploro
Sente, à pele, o sinal: Ele não é sonoro!
Como a ti são os gritos que a paz escondia
Pode ser o silêncio também melodia.
Viva os timbres suaves que a dor arrebata,
No ritmo hipnótico desta muda sonata
Permanece - em surdina - guardada e esperança!
Áfona sinfonia ao teu corpo eu orquestro
Siga o tom da canção! - Ele é o nosso maestro
E se adverso é o fim: Aquieta-te e dança...
Rafael Casal
17 de Fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
A Sabedoria da Lembrança
Inconcussa memória aos meus olhos se lança
- Mesmo que a idade amiga me seja funesta! -
Quando a pele revela - dos pés - a herança
Lacônica saudade é o que, às mãos, sempre resta.
Pelo julgo da vida que é suave e manso
Entrego-me, criança, aos meus fardos de homem!
Na alma anacrônica da morte eu descanso
Apesar das dores que as idéias consomem.
Abraço o destino! - Logo então me aquieto
E ao sentir, do passado, o vazio dileto
De altenosas lembranças o amor reinvento;
Agarro-me ao tempo! - Exímio ele é no que faz
Sem, contudo, inumar cada instante fugaz
Pois lembrar de esquecer é não ter sentimento.
Rafael Casal
11 de Fevereiro de 2009
- Mesmo que a idade amiga me seja funesta! -
Quando a pele revela - dos pés - a herança
Lacônica saudade é o que, às mãos, sempre resta.
Pelo julgo da vida que é suave e manso
Entrego-me, criança, aos meus fardos de homem!
Na alma anacrônica da morte eu descanso
Apesar das dores que as idéias consomem.
Abraço o destino! - Logo então me aquieto
E ao sentir, do passado, o vazio dileto
De altenosas lembranças o amor reinvento;
Agarro-me ao tempo! - Exímio ele é no que faz
Sem, contudo, inumar cada instante fugaz
Pois lembrar de esquecer é não ter sentimento.
Rafael Casal
11 de Fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Convite
Vem! Esta é a hora de viver o futuro
Com audácia, aos teus pés, o caminho revelo!
Entre opíparas flores ainda procuro
A natureza egrégia de beijos singelos.
Abandone, ególatra, este escuro abafante!
- Resvaladiço é esperar um céu que te encante -
Quando o Sol de nascer - intrépido! - se esqueça
Criaremos razão que ilumine a cabeça.
Vem! Hilário infinito, hojé, é o nosso limite!
Segue-me veloz para que nós -lauta - habite
A coragem de Amar que a saudade aniquila;
Apressa a encontrar-me! - Pois ficar já não posso
E ao fazê-lo, enfim, insólito será nosso
O inefável prazer de uma vida tranquila!
Rafael Casal
06 de Fevereiro de 2009
Com audácia, aos teus pés, o caminho revelo!
Entre opíparas flores ainda procuro
A natureza egrégia de beijos singelos.
Abandone, ególatra, este escuro abafante!
- Resvaladiço é esperar um céu que te encante -
Quando o Sol de nascer - intrépido! - se esqueça
Criaremos razão que ilumine a cabeça.
Vem! Hilário infinito, hojé, é o nosso limite!
Segue-me veloz para que nós -lauta - habite
A coragem de Amar que a saudade aniquila;
Apressa a encontrar-me! - Pois ficar já não posso
E ao fazê-lo, enfim, insólito será nosso
O inefável prazer de uma vida tranquila!
Rafael Casal
06 de Fevereiro de 2009
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Tributo Eloquente
Verde é a esperança que em meu corpo renasce
Como verde é o olhar que ilumina tua face!
Teu sorriso me pode lenir o que é triste
Sou feliz pelo amor que, entre nós, cauto existe.
Firme agarro em tuas mãos! - Todo nosso é o trajeto
- Em teus braços suspenso o universo arquiteto -
Quanto seja de vida que em ti deposito
Maior será a morte em meu íntimo infinito.
Comigo estarás! - Mesmo que o tempo nos fade
Ao breve ou - quem sabe! - por sorte à idade
Em que a alma envelhece e a matéria atrofia;
Cada parte de ti em meu ser reconheço
E hoje, aos céus, grato sou por teu íntegro apreço
Bevemérita amiga: Menina Sofia!
Rafael Casal
02 de Fevereiro de 2009
Como verde é o olhar que ilumina tua face!
Teu sorriso me pode lenir o que é triste
Sou feliz pelo amor que, entre nós, cauto existe.
Firme agarro em tuas mãos! - Todo nosso é o trajeto
- Em teus braços suspenso o universo arquiteto -
Quanto seja de vida que em ti deposito
Maior será a morte em meu íntimo infinito.
Comigo estarás! - Mesmo que o tempo nos fade
Ao breve ou - quem sabe! - por sorte à idade
Em que a alma envelhece e a matéria atrofia;
Cada parte de ti em meu ser reconheço
E hoje, aos céus, grato sou por teu íntegro apreço
Bevemérita amiga: Menina Sofia!
Rafael Casal
02 de Fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Viagem
Raízes arrancar? - Sem qualquer medo o faço!
De asas necessito e - urgente - me é obtê-las.
Busco, ao dia, o valor de profícuo cansaço
E, à noite, o imagético brilho das estrelas.
Além do infinito vejo a paz prometida,
Obsoleto latíbulo a transpor me ordeno!
Devo sedento entregar-me aos vinhos da vida
E do mundo provar todo abjeto veneno.
Rasgo as vestes e, enfim, às máscaras me atento
- No corpo suado anseio o beijo do vento! -
Carregam-me os pés às alegrias sinceras.
De prolixo ilogismo eu - atroz - me liberto!
E, ao fechar as portas, de uma coisa estou certo:
Lá fora, intacta, a felicidade me espera...
Rafael Casal
01 de Fevereiro de 2009
De asas necessito e - urgente - me é obtê-las.
Busco, ao dia, o valor de profícuo cansaço
E, à noite, o imagético brilho das estrelas.
Além do infinito vejo a paz prometida,
Obsoleto latíbulo a transpor me ordeno!
Devo sedento entregar-me aos vinhos da vida
E do mundo provar todo abjeto veneno.
Rasgo as vestes e, enfim, às máscaras me atento
- No corpo suado anseio o beijo do vento! -
Carregam-me os pés às alegrias sinceras.
De prolixo ilogismo eu - atroz - me liberto!
E, ao fechar as portas, de uma coisa estou certo:
Lá fora, intacta, a felicidade me espera...
Rafael Casal
01 de Fevereiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Soneto Estóico
Bem viver cada dia é o que, álacre, procuro
- Verdosos sorrisos como chegam se vão -
Esperança é manter, ante insólito escuro,
Perpétuo, no espírito, o calor do verão!
Bucólica existência - sativo - eu invento
Longo é o caminho! Mas sequer tenho pressa
São, de vida outoniça, os frutos suculentos
Em diáfanos bosques o que me interessa.
Livre, entrego-me às flores perdidas de outrora
- Dos espinhos a dor já não mais se demora! -
Busco a chuva abnóxia que agônica me era;
Mesmo efêmero o Sol, nunca ao frio me prosterno
E apesar de saber que regressa o inverno
Desfruto, audaz, do retorno da primavera!
Rafael Casal
26 de Janeiro de 2009
- Verdosos sorrisos como chegam se vão -
Esperança é manter, ante insólito escuro,
Perpétuo, no espírito, o calor do verão!
Bucólica existência - sativo - eu invento
Longo é o caminho! Mas sequer tenho pressa
São, de vida outoniça, os frutos suculentos
Em diáfanos bosques o que me interessa.
Livre, entrego-me às flores perdidas de outrora
- Dos espinhos a dor já não mais se demora! -
Busco a chuva abnóxia que agônica me era;
Mesmo efêmero o Sol, nunca ao frio me prosterno
E apesar de saber que regressa o inverno
Desfruto, audaz, do retorno da primavera!
Rafael Casal
26 de Janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Phoenix
Incoativo desejo de nada me aviva!
E inexistente é o fardo que eu não suporte.
Tanto sou desta vida a loucura efetiva
Quanto a anfibológica blandície da morte.
Crescer é o destino! - Forte sou face ao frio
Às manhãs, nova alma - invasiva! - me alcança.
Identidade lauta, em segundos, recrio
Se necessária me for ignota mudança.
E que venham as noites! - Do escuro eu não fujo
Pouco importa o trajeto, seja limpo ou sujo
- Todo lapso de dor ao amor me encaminha! -
Ser feliz é uma arte; senti-la? - um perigo
Mas sonhar, diariamente, eu sei que consigo
E, estrênuo, renasço das ígneas cinzas minhas...
Rafael Casal
24 de Janeiro de 2009
E inexistente é o fardo que eu não suporte.
Tanto sou desta vida a loucura efetiva
Quanto a anfibológica blandície da morte.
Crescer é o destino! - Forte sou face ao frio
Às manhãs, nova alma - invasiva! - me alcança.
Identidade lauta, em segundos, recrio
Se necessária me for ignota mudança.
E que venham as noites! - Do escuro eu não fujo
Pouco importa o trajeto, seja limpo ou sujo
- Todo lapso de dor ao amor me encaminha! -
Ser feliz é uma arte; senti-la? - um perigo
Mas sonhar, diariamente, eu sei que consigo
E, estrênuo, renasço das ígneas cinzas minhas...
Rafael Casal
24 de Janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Doesto Emproado
Aos dantescos caminhos nunca ouso me opor!
- São meus olhos fantasia e os pés todo amor. -
De uma idéia eu renasço e construo meu mundo
E na massa homogênea, assim, não me confundo.
Vontades herméticas revestem meu ser
Por chorar e sofrer de sonhar não me isento!
Para em álgida comodidade viver
Não abdiquei, acintoso, dos meus sentimentos.
Ao infinito me entrego sem culpa ou receio,
Pelas lentes da poesia a vida eu leio,
E o espírito derramo neste alvo papel;
Minha essência revelo e, como homem, termino:
Sou eu - por sorrisos - sequioso menino
- Lídimo poeta chamado Rafael.
Rafael Casal
21 de Janeiro de 2009
P.S.: Este poema foi inspirado no depoimento que minha amiga Sofia escreveu para mim no orkut. Adooooooro Sofia!
- São meus olhos fantasia e os pés todo amor. -
De uma idéia eu renasço e construo meu mundo
E na massa homogênea, assim, não me confundo.
Vontades herméticas revestem meu ser
Por chorar e sofrer de sonhar não me isento!
Para em álgida comodidade viver
Não abdiquei, acintoso, dos meus sentimentos.
Ao infinito me entrego sem culpa ou receio,
Pelas lentes da poesia a vida eu leio,
E o espírito derramo neste alvo papel;
Minha essência revelo e, como homem, termino:
Sou eu - por sorrisos - sequioso menino
- Lídimo poeta chamado Rafael.
Rafael Casal
21 de Janeiro de 2009
P.S.: Este poema foi inspirado no depoimento que minha amiga Sofia escreveu para mim no orkut. Adooooooro Sofia!
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Concupiscência Divina
Por completo, livro-me dos medos austeros!
Libidinoso sonho contigo, então, vivo
À nossa luxúria entregue, impudico, eu quero
Em meu corpo o sabor do teu beijo lascivo.
De toda culpa e pudor profuso eu me isento
Não me interessa quem - Louco! - o sexo abomina!
Devasso, anseio este lúbrico sentimento
E os pecados de nossa orgia libertina.
Vivamos o vício do orgânico prazer!
Necessito, em meus braços, promíscuo te ter
- A opulente arte de amar conheço de cor; -
Quando língua e boca já íntimos me são,
Concedo-nos gozos de orgásmica paixão
E apenas desejo o cheiro, a pele e o suor.
Rafael Casal
08 de Janeiro de 2009
Libidinoso sonho contigo, então, vivo
À nossa luxúria entregue, impudico, eu quero
Em meu corpo o sabor do teu beijo lascivo.
De toda culpa e pudor profuso eu me isento
Não me interessa quem - Louco! - o sexo abomina!
Devasso, anseio este lúbrico sentimento
E os pecados de nossa orgia libertina.
Vivamos o vício do orgânico prazer!
Necessito, em meus braços, promíscuo te ter
- A opulente arte de amar conheço de cor; -
Quando língua e boca já íntimos me são,
Concedo-nos gozos de orgásmica paixão
E apenas desejo o cheiro, a pele e o suor.
Rafael Casal
08 de Janeiro de 2009
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Fome de Vazio
Altivo, eu desprezo exacerbados desejos
Quando preso à excessos famintos me vejo!
De uma paz necessito que me desenfade
E a inapetência anseio da simplicidade.
O exagero? - Acredite! - Não mais me interessa
Hoje ao Pouco eu me lanço com sôfrega pressa!
Permitindo este sonho que equânime eu viva
Empacha-me, assim, de uma ausência lenitiva.
Do amor excedente faço em mim supressão!
Mais que suficientes as Partes me são
Mesmo que ao Todo esteja minh'alma fadada;
Repouso em fragmentos de um silêncio severo
E neste mítigo vazio apenas espero
Ávido viver a plenitude do nada...
Rafael Casal
01 de Janeiro de 2009
Quando preso à excessos famintos me vejo!
De uma paz necessito que me desenfade
E a inapetência anseio da simplicidade.
O exagero? - Acredite! - Não mais me interessa
Hoje ao Pouco eu me lanço com sôfrega pressa!
Permitindo este sonho que equânime eu viva
Empacha-me, assim, de uma ausência lenitiva.
Do amor excedente faço em mim supressão!
Mais que suficientes as Partes me são
Mesmo que ao Todo esteja minh'alma fadada;
Repouso em fragmentos de um silêncio severo
E neste mítigo vazio apenas espero
Ávido viver a plenitude do nada...
Rafael Casal
01 de Janeiro de 2009
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